Ao final da partida, o técnico Hélio dos Anjos fez uma análise bastante não muito comedida sobre a atuação de seus comandados, que deixaram escapar a vitória em casa, após um jogo com muita oscilação tática entre os times. Novamente o Paysandu se portou em campo de forma diferente no primeiro e segundo tempo, conforme viu o treinador, um desagradável resultado

 

“Eu achei a atuação do Paysandu normal. Nós podíamos ter resolvido o problema do jogo no primeiro tempo. Nosso nível de jogo é esse, nosso modelo também. Não gostei da marcação central do nosso time no primeiro tempo. Fizemos pressão, mas o adversário saiu com a bola dominada”, comenta, acrescentando que a equipe deixou o adversário muito solto para criar.

“Demorarmos um pouco em ter a segunda bola. O Leandro dificultou muito na primeira bola, mas o nosso volume foi bom, produzimos muito pela direita. Tivemos situações que dava para definir”. Outro ponto abordado foram as perdas sofridas, uma, inclusive, antes da bola rolar. A outra foi durante a partida, quando Bryan Borges levou o cartão vermelho e deixou o time com um a menos.

 

 

 

“Não deixamos de jogar, de fazer a nossa imposição. Precisamos melhorar e tivemos alguns problema de contusão, nada que sacrificasse o time. Acho que o campeonato é isso. Vamos perder jogadores, como perdemos hoje o Val, que estava treinando para iniciar o jogo. Procuramos as melhores opções e eu gostei porque na dificuldade trocamos dois atacantes e eles deram resposta positiva, como o Esli deu”.

Sobre o atacante, Hélio mais uma vez foi detalhista. “É um jogador que tá procurando, tá chegando. O Esli é um jogador que temos um carinho muito grande. Ele apresenta alguns problemas que se ajeita só vai crescer na carreira. A gente tem um cuidado muito grande. Ele é quase obrigado a fazer algumas coisas, porque é importante para ele. O Esli temos que estar em cima. É característica de trabalho no país dele”, encerra.

Arbitragem

Além do árbitro central, Hélio também ficou na bronca com os outros integrantes da arbitragem, um deles Alexandre Expedito Vieira da Silva Junior, chancelado pela Federação Paraense de Futebol.

“Eu vou avisar publicamente, arbitragem do Pará não vai fazer pressão em cima de mim. E hoje [sábado] a arbitragem do Pará é quem está de quarto árbitro, ele me pressionou o tempo todo. Ele falou: se você falar algo ou se alguém do banco vier aqui – que era o Guilherme que estava indo – eu vou te expulsar. Tanto que ele me deu o cartão amarelo em um momento que o Guilherme foi lá de novo e ele deu para quem era o líder do banco”, relatou.

Segundo Hélio, ele avisou a equipe sobre os possíveis cartões que seriam distribuídos no jogo. Além disso, o treinador bicolor disse que a expulsão de Bryan foi injusta, pois foi “uma falta norma”. Ainda conforme o técnico, por conta disso, ele tentou administrar ao máximo as substituições para evitar arriscar jogadores amarelados.

Com o resultado, o Paysandu somou o primeiro ponto da Série B do Campeonato Brasileiro e saiu da zona de rebaixamento. Contudo, o Mirassol ainda não jogou e ameaça a posição do Bicola na tabela. O próximo compromisso do Papão é contra o Avaí, na sexta-feira (3), na Curuzu, às 19h.

 

 

Fonte: O Liberal
Foto: Thiago Gomes