O governo Lula anunciou nesta quarta-feira (8) que o desmatamento da Amazônia em 2023 caiu 21,8% em relação ao ano anterior. Foi a menor taxa anual desde 2018.

O desmatamento da Amazônia em 2023 foi de 9.064 km². Os números, consolidados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram apresentados hoje à imprensa pelos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia.

Dados preliminares já apontavam queda do desmatamento em 2023, mas hoje foi apresentado o número consolidado. As taxas são divulgadas anualmente pelo Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), do Inpe.

Foi o menor desmatamento no bioma desde 2018. Naquele ano, a taxa foi de 7.536 km². Durante o governo Bolsonaro, o índice anual esteve sempre acima de 10 mil km² e chegou ao pico em 2021, quando a perda de vegetação foi de 13.038 km².

A área desmatada em 2023 equivale a seis vezes a cidade de São Paulo. Os 9.064 km² desmatados também representam, aproximadamente, cerca de 10% da área de Portugal ou do estado de Santa Catarina.

Em cinco dos nove estados da Amazônia Legal, o desmatamento cresceu no ano passado. Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Roraima e Tocantins tiveram em 2023 perdas de vegetação maiores que em 2022. Houve queda dos números no Acre, Amazonas, Pará e Rondônia.

 

Desmatamento no Pantanal caiu 9,2%

O governo também anunciou queda no desmatamento do Pantanal em 2023. Segundo o Inpe, o bioma perdeu 723,13 km² de vegetação no ano passado, o equivalente a pouco menos que a metade da cidade de São Paulo.

Mais da metade do desmatamento do Pantanal foi em um só município. Em Corumbá (MS), a taxa foi 381,95 km², o que representa 52,8% de toda a deflorestação do bioma.

O desmatamento do Pantanal foi o menor desde 2020. Durante o governo Bolsonaro, a maior taxa anual foi de 824,47 km², em 2021, e vem caindo ano a ano desde então.

 

Fonte: UOL Meio Ambiente
Foto: Fernando Martinho/Repórter Brasil